O Presidente do PS/Açores considerou, esta segunda-feira, estar em risco a sobrevivência da SATA, para lamentar que o Presidente do Governo Regional esteja mais preocupado “em culpar o Partido Socialista do que em resolver a situação”.
Para Francisco César, que intervinha num encontro com militantes do PS, na ilha do Faial, “basta olhar para os resultados para perceber que “a sobrevivência da empresa está em risco”, sendo, por isso, que o Partido Socialista se disponibilizou para um acordo de regime em relação à SATA.
“Nós dissemos estar disponíveis para nos sentarmos e fazer cortes, alterar a forma de funcionamento e de gestão da empresa. Estamos disponíveis para aceitar e para partilhar a responsabilidade daquilo que se fizer, mas, também temos de assumir parte da responsabilidade da decisão e o que fizeram foi ignorar-nos e dizer que havia um lugar num Conselho Consultivo para se quiséssemos indicar alguém”, referiu o Presidente do PS/Açores.
“Este Governo já está em funções há quatro anos, já injetaram 453 milhões de euros, já vão na terceira administração e já tem um prejuízo, em média, de 43,6 milhões de euros por ano desde que entraram, mas continuam a culpar a governação do Partido Socialista”, salientou Francisco César, para defender que o PS/A está mais preocupado “em resolver o problema da empresa do que em discutir as culpas”.
Durante a sua intervenção, Francisco César lamentou, ainda, que a privatização da SATA seja feita sem a dívida, para questionar, nesse sentido, por que razão “precisam vender mais de 50% da empresa”.
“Nesta matéria, é importante que se saiba: Não foi a Comissão Europeia que exigiu que mais de 51% da SATA Internacional fosse privatizada, foi o Governo Regional que solicitou à Comissão Europeia que mais de 51% da SATA Internacional fosse privatizada”, afirmou.
Segundo relembrou Francisco César, no caso da TAP não houve essa exigência, mas, nos Açores “há uma fúria de privatizar tudo o que houver”, nomeadamente “empresas da EDA ou outras empresas que prestam serviço público, tudo em nome de não haver prejuízo para o contribuinte, mas a única coisa que não percebem é que o prejuízo do contribuinte não se avalia nos balancetes das empresas, mas sim pela perda ou não dos serviços públicos que têm”.
“Esta é uma empresa fundamental para os Açorianos e eu sinto muito que o Governo esteja mais preocupado em culpar o Partido Socialista do que em resolver a situação”, reiterou o socialista, para defender haver momentos “em que devemos evitar a trica partidária e trabalhar nos consensos em prol da nossa terra”.
“É esse o caminho que eu quero seguir com o Partido Socialista”, finalizou o Presidente do PS/Açores, Francisco César.